A ideia de cortar os incentivos fiscais de empresas que o governador eleito Ronaldo Caiado (DEM) tem muitos pais e mães – desde ruralistas da Faeg, passando pela economista Ana Carla Abrão e chegando até candidatos a deputado derrotados do MDB, como Edwal Portilho, o Tchequinho, que foi diretor-executivo da Adial.
O mais novo pai da ideia que apareceu em cena foi o prefeito de Catalão, Adib Elias (MDB). Embora a cidade administrada por ele seja beneficiária direta dos incentivos fiscais, já que a instalação das plantas de empresas como a Mitsubishi gerou riquezas e milhares de empregos no município, rusgas entre o prefeito e os empresários azedaram a relação entre eles.
Adib irritou-se com a Mitsubishi devido ao fato da empresa se recusar a patrocinar a equipe de futebol do Crac, uma das paixões do prefeito catalano, que inclusive se apresenta como presidente de fato da agremiação.
O emedebista também comprou briga com as mineradoras multinacionais que atuam na região, que ele acusa de sonegação de impostos municipais, a ponto de bloquear com máquinas da prefeitura a rodovia que dá acesso às minas de extração.
Com tantos desentendimentos com as empresas que atuam em Catalão, foi um passo para Adib encarnar a cruzada contra os incentivos fiscais e alugar os ouvidos de Caiado contra as empresas beneficiadas.