Iris Rezende (MDB) e Alcides Rodrigues (PRP) entraram para a história de Goiás como governadores que encerraram seus mandatos com folhas de pagamento em atraso. Ronaldo Caiado (DEM) caminha para uma marca inédita: o de governador que começou a gestão atrasando os salários dos servidores.
A Constituição Estadual é clara: a folha do funcionalismo tem de ser paga até o décimo dia do mês subsequente ao trabalhado. A responsabilidade pelo pela quitação é do Estado, indepentende do mandatário da ocasião. Cabe ao titular do cargo na data dos depósitos providenciar os recursos.
Em 1999 e 2011, o então governador Marconi Perillo (PSDB) fez o inverso: assumiu a gestão pagando em dia e quitando os valores atrasados. Sempre pagou rigorosamente em dia e foi o governador que mais folhas: em 174 meses à frente da administração, pagou 178 folhas, quase sempre adiantado, no mês vencendo. Em abril de 2018, quando deixou o cargo, entregou o mandato com os salários em dia.
Caiado terá de manter as conquistas de Marconi nessa área. Além de pagar em dia, respeitar a data-base e os cronogramas de reposição, depositar o 13.º no mês de aniversário do servidor e, se possível, retomar o pagamento integral da folha para o último dia útil do mês trabalhado. Proezas que até hoje só Marconi conseguiu.