Os técnicos do governo federal que analisam as contas do Governo de Goiás apresentados pela nova gestão não escondem sua perplexidade diante da completa ignorância do governador Ronaldo Caiado (DEM) e da supersecretária carioca Cristiane Schmidt sobre a gestão fiscal do Estado. A completa falta de domínio de ambos sobre os números, cada vez mais explícita no país, virou motivo de chacota entre os especialistas no assunto na Secretaria do Tesouro Nacional e no Ministério da Fazenda.
É o caso do empenho da folha do funcionalismo de dezembro. Os relatos apontam para a percepção de que, de fato, Schmidt não sabia que o orçamento para pagar os salários pode ser carimbado para pagamento a qualquer momento. Ou ao menos os técnicos que conversaram com ela preferiram acreditar nessa versão, já que essa é uma regra básica de gestão fiscal: o governador pode, a qualquer momento, empenhar a folha.
Também foi motivo de chacota a dificuldade da supersecretária e fechar as planilhas da folha de janeiro, conforme mostrou com exclusividade pelo 24H. A estruturação da folha de pagamento é beabá na área fazendária de qualquer prefeitura ou Estado. Mas a equipe montada às pressas por Schmidt teve de recorrer aos técnicos marconistas para fechar os números. Do jeito que vai, a Lei da Murphy pegou a gestão Caiado: nada está tão ruim que não possa piorar muito.