Diversas categorias de servidores ao redor da administração estadual preparam paralisações temporárias ou por tempo indeterminado para pressionar o governador Ronaldo Caiado (DEM) a pagar os salários de dezembro. A mobilização tem mais força entre os sindicatos e associações que representam as categorias segurança pública e entre os funcionários do Fisco (Sindifisco), mas ganha volume também entre professores e profissionais de saúde.
Nesta sexta-feira, o Fórum de Entidades de Segurança Pública e o Sindifisco se reúnem para discutir as medidas judiciais cabíveis contra o calote. Os professores, em sua maioria organizados em torno do Sintego, planejam não voltar às aulas com a retomada do calendário letivo. Os servidores da saúde preparam manifestações simultâneas nos hospitais.
A articulação de greves e manifestações ganhou força nesta quinta-feira (10) depois que Caiado pediu aos prefeitos do Estado, durante evento em Jataí, que peçam ao comércio local que vendam fiado para os servidores até que ele decida como e quando vai pagar a folha. As entidades de representação dos funcionários querem impedir que o governador quite a folha de janeiro em detrimento da dezembro, sob o temor de que o parcelamento em parcelas a perder de vista se torne inevitável.