Contrariando a promessa de que faria um governo essencialmente técnico, comandado por servidores preparados para a gestão, o governador Ronaldo Caiado (DEM) vai repartindo a gestão entre os políticos e partidos, especialmente aqueles que estão sob suas asas políticas.
O discurso do governo técnico é uma cortina de fumaça para o aparelhamento, a julgar pela Secretaria de Governo, transformada em um puxadinho dos diretórios estadual e municipais do DEM, o partido do governo. Na prática, a Segov é a porta de entrada dos políticos, em sua maioria do baixíssimo clero.
Quem manda no puxadinho da Segov é Luiz Rattes, um aliado de 30 anos de Caiado. Ele está recebendo em sua sala, um gabinete paralelo ao do secretário Ernesto Roller (DEM), os dirigentes do DEM nos 246 municípios. A missão, delegada diretamente pelo governador, é encontrar e nomear as lideranças do partido no governo.