Cobrado pelo G24H a ter uma atuação mais assertiva, o presidente da Fieg, Sandro Mabel, elevou o tom das críticas às CPIs dos incentivos fiscais e da Celg, criadas pela Assembleia Legislativa, e ao posicionamento adotado pelo governo estadual sobre a questão. Ele se manifestou nesta sexta-feira (22/2) em reunião do Conselho Deliberativo do Fomentar/Produzir, que também contou com a participação de representantes do governo do Estado e do setor produtivo.
“É um terrorismo o que está sendo feito e já estamos perdendo grandes indústrias para o Distrito Federal, Mato Grosso e Minas”, disse o presidente da Fieg, ponderando que é preciso cuidado e responsabilidade em declarações dos integrantes do governo e de parlamentares da base, sob o risco de participarem da história da desindustrialização de Goiás.
“Se não tivermos uma política de incentivo que mostre que Goiás quer as indústrias, vamos fazer parte da história da desindustrialização do Estado”, acrescentou.
Sandro Mabel questionou o objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel, instalada pela Assembleia Legislativa, e conclamou os parlamentares goianos a rever o posicionamento. “Nós vamos reestatizar? Tem plano B? Não, não tem! Então isso não é jeito de tratar o Estado”, observou.
O presidente da Fieg foi firme ao alertar que as consequências serão danosas à população goiana e que Goiás corre o risco de perder o novo ciclo de crescimento do País, devido à insegurança jurídica generalizada que foi instalada no Estado, afugentando a instalação de novas indústrias.
“Daqui quatro, cinco anos, nossos jovens terão de se mudar, porque aqui não vai ter emprego. Os municípios dos deputados vão pagar caro por falta de emprego. Precisamos sobreviver para aproveitar esse momento de crescimento”, disse ainda Sandro Mabel.