Em nota emitida na tarde desta quarta-feira, Dia do Trabalho, professores da rede estadual lamentaram o assassinato de um colega em escola de Valparaíso e questionaram as políticas educacionais do governo Ronaldo Caiado (DEM).
Segundo a nota, a secretária Fátima Gavioli está substituindo profissionais por normas absurdas, sem o suporte dos profissionais necessários para executá-las. O texto questiona as políticas de tutoria e apoio psicológico e conclui que as mudanças contribuíram para o aumento da tensão e da violência nas unidades estaduais de ensino. Leia:
Lamentável tudo isso. Nossos pêsames à família do Professor e que Deus dê muita força para sua família e equipe escolar.
“Depois do ocorrido a secretaria manda uma equipe de Psicólogos e Assistentes Sociais.”
Lembrando que essa equipe foi simplesmente desaparecendo das escolas desde que a profa. Raquel, em sua última gestão, nomeou uma superintendente de inclusão que não entende do trabalho desenvolvido pelos multiprofissionais, assim como a última gerente que assumiu o Ensino Especial e não valoriza esse trabalho. Foram enfraquecendo a Equipe de Multiprofissionais do Ensino Especial e fecharam o Napedi Seduce-go por não entenderem sua importância nas escolas.
De acordo com a Gerência, é “nova estrutura”, não precisa de Psicólogo, Assistente Social ou Fonoaudiólogo, pode ser qualquer um, pois hoje o trabalho pode ser realizado por qualquer tarefeiro, digo é simplesmente técnico. Enviam questionários a serem preenchidos pela equipe gestora como se os problemas nas escolas fossem acontecer somente uma vez ao ano. PAPEL NÃO SUBSTITUI O SER HUMANO.
Simplesmente lamentável!
Estamos à mercê de muitos outros casos como esse em qualquer lugar do Estado. Antes, porém, podíamos contar com um trabalho de prevenção para casos como esse, uma vez que toda semana uma equipe, inclusive com psicólogo, estava na escola e podia ouvir os alunos e equipe escolar, fazendo encaminhamentos, chamando pais ou responsáveis e fazendo orientações a todos. E agora?
Mandam uma tutora que muitas vezes piora a situação ou enviam a equipe DEPOIS que o caos se instaura.
Que possam repensar no que estão fazendo e chamar de volta profissionais que estão afastados da equipe apenas por falta de valorização e respaldo pelo seu trabalho. Estão por aí, nas escolas, à disposição, de licença (prêmio, médica ou por interesse particular). Tendo condições dignas e respeito, muitos voltam e a prevenção para casos assim pode voltar a acontecer.