O governador Ronaldo Caiado colocou a vassoura atrás da porta e está apenas aguardando a frente fria passar para dar bilhete azul ao secretário de Governo, Ernesto Roller.
Caiado quer dar uma sacudida na área política do governo e tem razões de sobra para afastar o primo Ernesto, que designou como coordenador político da sua gestão.
O fato é que Roller fracassou na articulação política do governo, a ponto de não conseguiu sequer costurar uma base mínima de deputados governistas na Assembleia Legislativa, o que levou Caiado sofrer seguidas derrotas na Casa.
Além dos problemas na coordenação política, Roller vive outra situação delicada com o avanço das investigações da operação deflagrada pelo Ministério Público para apurar corrupção durante a sua gestão na prefeitura de Formosa, que apontariam para um iminente prisão do secretário.
Diante de tantos problemas, a presença de Roller no governo passou a ser um estorvo para Caiado, que teria decidido a sacrificá-lo sem perda de tempo, em pese as relações de parentesco e a gratidão pelo apoio aberto no episódio da dissidência caiadista no MDB.
O ideal seria que surgisse uma vaga em um dos dois tribunais de contas, mas não há sinal de aposentadoria de conselheiros no horizonte do curto prazo.
Caiado pensa em dois nomes para substituir Roller na secretaria do Governo: Samuel Belchior e José Viiti, ambos ex-deputados e igualmente experientes na articulação política.
Belchior já disse em outras ocasiões que não tem interesse em cargo no governo. Preferiu indicar a mulher como vice-presidente da Celg GT, com o polpudo salário de R$ 45 mil.
Já Vitti, que hoje se dedica à vida empresarial, teria ficado com um pé atrás em relação a Caiado. O governador o teria feito pouco caso dele no final do ano passado depois aprovar projetos que quero na Assembleia. Na época, ele acenou a Vitti com a participação na equipe do governo, mas depois o colocou na geladeira.