quarta-feira , 25 dezembro 2024
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Lêda Borges denuncia: Saneago quer adotar Oferta Pública Inicial para vender 49% das ações secundárias, o que não é positivo

A deputada estadual Lêda Borges faz um denúncia grave: a Saneago que adotar a Oferta Pública Inicial (IPO, que no original é Initial Public Offering) para vender até 49% de suas ações – IPO ocorre quando uma companhia ou empresa vai, pela primeira vez, para a Bolsa de Valores.

Ela explicou que a IPO é saudável para a empresa, porém, a Saneago pretende fazer a oferta pública também de ações secundárias, o que ela avalia negativamente. “Existem dois tipos: primárias e secundárias. Nas primárias, todo o recurso é aplicado em saneamento (água e esgoto). Já na secundária, parte do recurso vai para o Estado, que pode destinar a qualquer fim”.

Conforme a parlamentar, não se sabe o que se fará com esse recurso, que deveria ser investido integralmente em saneamento. “É sinal de que o governo quer desviar o recurso do objetivo principal”.

Lêda explica que o IPO é saudável. Ela diz que o governo passado tinha o interesse de fazer, mas de forma primária. “São Paulo fez esse processo [primário] e deu muito certo, o que era a intenção da gestão anterior”.

Ela explica, também, que na administração passada o limite de venda de ações seria 25%, a fim de não gerar quaisquer riscos. “Agora falam em 49%, o que gera um risco alto da perda do controle da empresa por parte do Estado”.

A parlamentar diz que por 1% corre o risco de já ser uma das medidas de entrada no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). E sobre isso, ela afirma esperar “ter um grande debate na Assembleia”. Por isso, em resumo, a deputada diz que sua defesa é de, no máximo, 25% das vendas de ações e que a oferta seja primária e não secundária.