Para fugir de mais desgastes, o governador Ronaldo Caiado (DEM) mudou de discurso, parou de dizer que é um médico que cuida de vidas e jogou a batata quente da quarentena do coronavírus para as prefeituras.
Caiado ganhou fama de ditador e coronel ao radicalizar as medidas de restrição e isolamento a social, mas, ao contrário de governadores como João Doria (São Paulo) e Wilson Witzel (Rio de Janeiro), firmes nas decisões que tomaram, cedeu às pressões e mudou de rumo de olho incomodado com a queda da popularidade.
De que adiantou a quarentena radical de Caiado que parou o esradso nos últimos 30 dias? Nada. O pico do coronavírus em Goiás é previsto para meados de maio e o afrouxamento das regras de isolamento social indica que dias sombrios virão em Goiás por culpa do governador que liberou até cultos reliosos o novo decreto.
O Caiado que ameaçou prender o prefeito de Iporá deu lugar a um Caiado que malandramente lava as mãos e, irresponsavelmente, transfere para as prefeituras a batata quente da quarentena.
Caiado age com populismo para tentar salvar o próprio pescoço: deixa de se comportar como médico responsável e diligente e volta ao figurino de político velhaco.
Como se dissesse aos prefeitos: “Vocês que se virem agora e paguem pelas consequências”.