A confiança do empresário goiano recuou em 15 pontos entre nos últimos 60 dias. O relatório da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) aponta que o Índice de Confiança do Empresário Industrial Goiano (ICEI-GO) de maio ficou em 43,6 pontos. O resultado é o segundo pior desde abril de 2016.
Apesar da queda brusca, o indicador apresentou fôlego frente a abril, quando bateu 38 pontos. A melhora de 5,6 pontos em relação ao mês anterior foi puxada, principalmente, pelo indicador de expectativas, que se mostrou melhor em maio. Entretanto, na comparação com o mesmo mês em 2019, a queda chega a 14,7 pontos.
“A baixa confiança está generalizada entre os portes de empresas pesquisadas. Ainda que tenham apresentado melhora frente a abril, todos os índices se mantiveram abaixo de 50 pontos”, avalia a assessora econômica da Fieg, Januária Guedes.
O ICEI é composto pelo Indicador de Condições e Indicador de Expectativas. O primeiro mede as condições atuais de negócios comparadas com os últimos seis meses e o segundo, as perspectivas para os próximos seis meses.
A atual crise impactou todos os portes de empresas. Na comparação com igual período do ano passado, as grandes empresas mostraram-se menos confiantes (-17,2 pontos), seguidas pelas médias (-14,2 pontos) e pequenas (-10,2 pontos).
De acordo com relatório técnico da Fieg, percebe-se incerteza dos empresários diante da retração econômica. “Desde 2017, o País tenta recuperar as perdas da crise econômica do biênio 2015-2016, e tudo caminha para que 2020 seja mais um ano de retração da atividade”, sinaliza o documento.