A secretária estadual da Economia, Cristiane Schmidt, declarou que o dinheiro da União não está chegando a Goiás e que teme a possibilidade de desemprego em larga escala. Para ela, é essencial a liberação de crédito para as pequenas e médias empresas, que são as maiores empregadoras do país. no estado
A afirmação foi feira no debate que aconteceu durante videoconferência remota realizada nesta semana com o presidente do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz), Rafael Tajra Fonteles.
“Se não tomarmos conta agora das pequenas e médias empresas, dando uma ajuda, sem pensar em contrapartida e sem pensar em garantias, vamos ter um problema maior ainda de desemprego futuro. Para essas pessoas retornarem ao mercado de trabalho vai ser ainda mais complicado”, assinalou.
Schmidt enfatizou ainda a importância da recomposição dos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e da lei complementar que garantiu o auxílio a estados e municípios.
“A folha de pagamento é o nosso grande problema de hoje e seguirá sendo. As nossas receitas não estão cabendo dentro das despesas. E temos aqui uma pressão muito, mas muito forte por aumentos salariais. E, quando falo em aumentos salariais, eu não falo só em revisões anuais, estou falando também em progressões e promoções”, alegou.
Rafael Tajra, junto com os secretários, fez um balanço da situação fiscal durante a pandemia. Ele lembrou que os estados perderam cerca de 18% de sua arrecadação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no segundo trimestre deste ano. De acordo com o presidente, todos os estados apresentaram quedas expressivas, com exceção de Mato Grosso.