Rayka acredita que sua participação no concurso pode abrir a mente de muitas pessoas, inclusive das próprias mulheres trans. “Nunca tinha imaginado estar neste lugar. Era um sonho que parecia tão distante. A ficha está caindo aos poucos. Hoje sei que isso é totalmente possível e é um marco histórico para nós, mulheres trans. Me orgulho de ser pioneira no Miss Brasil Mundo”, diz.
“Muitas meninas trans têm medo de se arriscar. É uma oportunidade que eu não tinha noção de que poderia existir. Estou aqui para mostrar que é possível. Não quero ser só mais uma miss, e sim mostrar que nós, mulheres em geral, não precisamos provar que temos algo mais que beleza. Somos inteligentes, fortes, guerreiras, trabalhadoras e humanas”, acrescenta.
Para o concurso, Rayka Vieira está se preparando em diferentes quesitos, incluindo a elaboração de uma ação social dedicada a jovens trans. “Vai ser um pouco trabalhoso, mas é essa a diferença que quero fazer como miss. Eu sou muito calma, muito paciente e vou começar a me preparar agora intensamente, tanto na parte física, como desfile em passarela, idiomas e no projeto social”.
Antes de Rayka, a carioca Náthalie de Oliveira disputou o estadual Miss Rio de Janeiro em 2019, mas não chegou a se classificar para a etapa nacional. Já o Miss Universo contou, em 2018, com a presença da modelo trans Angela Ponce, que defendeu a Espanha na disputa e foi homenageada ao vivo no show da final. (Mais Goiás)