Os protestos desencadeados pela morte de uma jovem sob custódia policial no Irã ganharam força neste domingo (9). Um grupo de direitos humanos informou que pelo menos 185 pessoas, incluindo 19 crianças, foram mortas durante as manifestações, todas vítimas da repressão do governo. O maior número de assassinatos ocorreu na província de Sistão e Baluchistão, com metade do número registrado.
Protestos no fim de semana foram relatados em todo o país, incluindo Teerã e Sanandaj. Vídeos compartilhados nas redes sociais pareciam mostrar os serviços de segurança do Irã entrando em escolas e universidades neste domingo.
Ontem (sábado), a televisão estatal foi hackeada por opositores do governo. Fotos do líder supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, com um alvo na cabeça apareceram em um boletim de notícias, juntamente com legendas pedindo às pessoas que se juntassem aos protestos.
Os protestos ganharam força com estudantes do sexo feminino da Universidade al-Zahra de Teerã, que teriam gritado “desapareça” durante uma visita do presidente Ebrahim Raisi.