Fato
• A Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos concluiu as investigações referentes ao suposto tráfico de drogas atribuído a um piloto, um mecânico e o seu auxiliar em uma chácara na grande Goiânia em fevereiro de 2023. Na ocasião, o ex-comandante do Comando de Operações e Divisas (COD), tenente coronel Edson Melo, informou que matou os três suspeitos em uma troca de tiros e que “eram traficantes internacionais procurados”.
• Nathan Moreira Cavalcante e Paulo Ricardo Pereira Bueno e Felipe Ramos Morais, foram acusados por crimes que não cometeram e assassinados em Abadia de Goiás (GO).
Não eram traficantes
• Quase um ano depois deste fato, a policia civil concluiu que os três não eram traficantes de drogas, ou seja, não existem provas que justifiquem a invasão dos policiais na chácara.
• Os sigilos telemáticos dos celulares de Felipe, Paulo e Nathan foram quebrados com autorização da justiça e nada foi encontrado.
• O Ministério Público descartou a possibilidade de tráfico de drogas dos envolvidos e relatou: “não foram encontradas quaisquer fatos que pudessem ligar os investigados ao crime de tráfico de drogas, pelo contrário, foram encontradas apenas atividades da vida cotidiana”.
Execuções
• As famílias das vítimas afirmam que Edson Melo e o o major Castanheira invadiram a chácara, executaram os três por outras motivações que não foram esclarecidas e plantaram 5 quilos de pasta base de cocaína em uma aeronave de Felipe, “plantaram armas e drogas. O kit confronto”, diz a defesa.
• Nathan Moreira Cavalcante, de 22 anos, era marceneiro e estava aprendendo uma nova profissão como auxiliar de mecânica em helicópteros. Em entrevista ao Goiás24horas, a mãe dele, Viviane Cavalcante, disse que o filho nunca tinha pegado em uma arma de fogo.
• Em uma das versões contadas pelo ex-comandante do COD, Nathan teria atirado contra eles no confronto, o que fica difícil de acreditar, porque o jovem morreu com um tiro pelas costas.