Legítima defesa
• Os policiais militares que mataram Vinícius Vieira Brito, servidor público que manteve a namorada em cárcere privado durante um suposto surto psicótico, foram absolvidos por terem agido em legítima defesa. A conclusão do inquérito foi tomada pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) de Goiânia.
Relembre o caso
• Vinícius Vieira Brito, estava afastado das funções para tratamento psiquiátrico. Ele entrou em surto psicótico e manteve a namorada em cárcere privado em seu apartamento no Centro da capital.
• No dia 3 de abril do ano passado, após serem ouvidos os gritos da vítima, vizinhos acionaram a Polícia Militar que foi até o local. Após uma negociação frustrada para que Vinícius libertasse a refém, os agentes arrombaram a porta do apartamento.
• Segundo os policiais envolvidos, após liberar a refém, Vinicius Vieira, que estava com uma das mãos para trás, como se estivesse segurando uma faca, partiu para cima da equipe, momento em que foi alvejado por três tiros de nove disparados, morrendo no local.
Inquérito concluído
• Após as investigações realizadas pela DIH, o delegado responsável pelo inquérito, Vinícius Teles da Silva Costa, concluiu que Vinícius estava em um “explícito surto psicótico” conforme relato de duas testemunhas, a namorada e uma amiga.
• Elas destacaram em depoimento que Vinícius tinha bipolaridade e estava em tratamento com o uso de remédios. A namorada da vítima disse, no entanto, que ele não a machucou apesar do quadro de agressividade.
• No relatório final do inquérito, Vinícius Teles comentou que, dentro do contexto onde a namorada estava sendo mantida como refém e a forma como o servidor público agia no dia do ocorrido, era razoável que os policiais tivessem a suposição de que Vinícius estava com uma arma branca em mãos.
• Outro fato que o delegado acrescentou para concluir a legítima defesa dos agentes foi caracterizado por um vídeo de um vizinho que mostra os policiais tentando negociar insistentemente e agindo com prudência antes de usar a força para entrar no apartamento.
Foto: Reprodução