Decisão
• O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) negou recursos de três PMs acusados de matar Wilker Darckian Camargo, 35 anos, durante abordagem em Trindade (GO) em dezembro de 2021.
• Os policiais Wellington Alves, Elias Carvalho e José Venício continuarão respondendo a júri por homicídio qualificado (art. 121, §2º, IV, do CP). Dois outros PMs foram impronunciados.
• O caso será julgado pelo Tribunal do Júri. O advogado da família de Wilker, Edson Cândido, emitiu uma nota dizendo que o resultado “reacende uma luz na espera dos familiares por justiça”.
O crime
• Wilker foi perseguido, baleado na perna e arrastado para dentro de um imóvel, onde levou dois tiros fatais (tórax e abdome).
• A defesa alegou legítima defesa, mas testemunhas e vídeos mostram que a vítima estava dominada e desarmada.
• Os PMs afirmaram que Wilker portava um revólver, mas imagens e depoimentos contradizem a versão.
• Wilker foi atingido primeiramente pelas costas enquanto rendido e depois os PMs o arrastaram para dentro da casa, onde efetuaram os disparos finais.
• Um dos PMs recolheu celulares de testemunhas para apagar vídeos.
Pai denuncia execução
• Moacir Camargo, cabo reformado da PM e pai de Wilker, classificou o caso como “assassinato covarde” e Rejeitou a alegação de que Wilker era traficante: “Era um pobre coitado. Traficante tem dinheiro”.
• “Não há pena de morte no Brasil. Meu filho foi executado”, disse em entrevista.