Em um longo e infantil artigo na página 7 do suplemento Magazine, de O Popular, o jornalista Rogério Borges mescla frases desconexas com erros de português para afirmar que as máquinas estão tomando conta do mundo e também para condenar a tecnologia.
“O metafísico tornou-se perda de tempo”, diz, por exemplo, a certa altura Rogério Borges. “Se a cultura se expande e evolui criando algo novo, estamos, atualmente, concedendo às máquinas essa prerrogativa”, continua. Mas o que será que Rogério Borges quer dizer? Consegue entender, leitor?
Agora, confira essa frase do jornalista, publicada logo nas páginas do suplemento cultural do mais importante jornal de Goiás: “O jornalismo padece de um mau (sic) que aflige outras linguagens que necessitam do pensamento mais detido para sobreviver e prosperar”. Não, leitor, você não se enganou. Rogério troca o substantivo “mal” pelo adjetivo”mau” e ainda cria uma pérola com a expressão”jornalismo mais detido”. O que seria esse “jornalismo mais detido”?
Mas o tom geral do artigo é o que importa. Segundo Rogério Borges, reescrevendo em poucas parágrafos o monumental O Mal Estar da Civilização, de Sigmund Freud, é a tecnologia que está destruindo o mundo. Devemos voltar à vida simples dos nossos antepassados, para conquistar a felicidade. Deixar os carros na garagem e andar de carroça. Desligar os computadores e voltar ao papel e caneta. Se não for assim, a civilização das máquinas rapidamente substituirá a sociedade dos homens, segundo o pensamento profundo de Rogério Borges.
É uma viagem. E Isso, repetindo, caro leitor, gastando os valiosos centímetros do Magazine, de O Popular, o jornal mais importante de Goiás.