A súbita demissão de quatro jornalistas que atuavam há mais de 20 anos na redação – e, além do mais,em plena semana de Páscoa – expôs a profundidade da crise que assola O Popular, um veículo de comunicação que se tornou deslocado em um mundo pautado pela comunicação acelerada e imediata via internet.
O Popular está com a circulação estagnada, com menos de 30 mil exemplares diários em um Estado com mais de 6 milhões e meio de habitantes.
O último balanço do Grupo Jaime Câmara, publicado há poucos dias e referente a 2014, mostrou também que a queda das receitas publicitárias chegou para ficar. Há edições em que O Popular não tem nenhum anúncio pago nas páginas dos seus cadernos.
Os donos – nenhum com formação jornalística – não sabem o que fazer. A tentativa mais recente é a contratação de uma consultoria oriunda do blog Midia Mundo, chefiada pelo jornalista Eduardo Tessler. Segundo o editor-chefe Euler Belém, do Jornal Opção, Tessler diagnosticou o provincianismo e a improvisação como os principais problemas do jornal e teria sugerido a substituição do comando da redação, há quatro anos nas mãos da jornalista Cileide Alves.
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