Após ser superada pelas carnes por seis meses consecutivos, a soja retomou, em março, a liderança da pauta de produtos das exportações goianas. Soja e seus derivados foram responsáveis por 50,93% das vendas goianas para o mercado externo, que atingiram no mês passado o total de US$ 600,053 milhões. Por sua vez, as importações do mês registraram US$ 344,134 milhões, perfazendo resultado favorável ao Estado (superávit) de US$ 255,919 milhões.
De acordo com o governador em exercício José Eliton, que a partir desta quinta-feira deve reassumir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), esse é o terceiro melhor resultado para as exportações e o segundo melhor saldo obtido para o mês no histórico da balança comercial goiana. “Neste momento de adversidades no campo econômico, é importante que seja mantida a consistência dos nossos negócios com o mercado internacional”.
Segundo ele, nos momentos de turbulência econômica no âmbito interno, a busca por novos mercados e parceiros comerciais ainda é o melhor caminho para se amenizar os efeitos recessivos de uma crise econômica de tal amplitude. “Ela (a crise) gera um desaquecimento no mercado interno, e o comércio exterior torna-se uma sólida alternativa, para os que produzem com qualidade, de prospectar novos mercados, trazendo, consequentemente, divisas para o Estado e riqueza para a população”, exemplifica.
Atrás da soja, as carnes (bovina, de aves e suína) tiveram participação de 16,98% nas exportações goianas. O minério ferroligas foi o terceiro produto mais vendido, com 6,91% do total. Em seguida, aparecem os couros e derivados, (5,74%), açúcar, (4,37%), ouro, (3,81%), milho (2,85%), sulfeto de cobre (2,53%), amianto, (1,57%), além de outros produtos de origem animal, preparações alimentícias, veículos e suas partes, máquinas e equipamentos elétricos e produtos químicos orgânicos.
A China continua como o principal comprador das mercadorias produzidas em Goiás. O país asiático foi o destino de 43,56% das exportações goianas. Países Baixos (Holanda), Taiwan (Formosa), Espanha, Hong Kong, Irã, Rússia, Estados Unidos, Suíça e Itália completam a lista dos principais destinos dos produtos goianos.
Importações
As importações goianas de março tiveram, mais uma vez, os produtos farmacêuticos na liderança do ranking. Eles representaram 34,23% do que foi comprado no mercado externo. Destacaram-se, também, os veículos automóveis, 19,37%; produtos químicos orgânicos, 9,15%; caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, 8,43%; adubos ou fertilizantes, 6,08%; máquinas, aparelhos e materiais elétricos e suas partes, 5,83%; instrumentos e aparelhos de óptica e fotografia, 2,33%; além de plásticos e suas obras; sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal e cimento; e bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres.
Alemanha, Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão, China, Tailândia, Suíça, Índia, Rússia e Canadá, pela ordem, foram os países integrantes da relação de principais fornecedores desses produtos para o mercado goiano.
O superintendente de Comércio Exterior da SED, Luiz Medeiros Pinto, fez questão de destacar a relevância das importações na economia goiana. “Esses produtos comprados no exterior representam investimentos para Goiás, pois eles vêm para adicionar valor às mercadorias manufaturadas em Goiás”.
Medeiros também esclarece que o Estado hoje se posiciona como um centro de distribuição de veículos automotores para as demais regiões, e possui também o segundo maior polo farmacêutico do país.
Brasil
Em março, as exportações brasileiras atingiram US$ 16,978 bilhões e as importações totalizaram US$ 16,520, ocasionando saldo de US$ 458,184 milhões. Este foi o primeiro superávit da balança brasileira no ano.
No acumulado do primeiro trimestre, o país carrega um déficit de US$ 5,5 bilhões. Enquanto isso, no mesmo período, Goiás acumula superávit comercial de US$ 463,780 milhões.