O site noticioso Diário de Goiás fez um levantamento na prestação de contas da verba indenizatória dos 41 deputados estaduais e publicou uma lista das despesas e dos restaurantes mais frequentados pelos parlamentares, por conta dos cofres públicos.
Escrescência no Parlamento brasileiro, a verba indenizatória, no entanto, é assegurada por lei e, no caso dos deputados estaduais de Goiás, é fixada em R$ 23.671 por mês. Com esse dinheiro, os deputados podem pagar passagens aéreas e terrestres, alimentação, locação de veículos e combustíveis, entre outras coisas supostamente “necessárias” para o exercício do mandato parlamentar.
Veja um resumo dos gastos dos nobres deputados goianos em restaurantes, cobertos com dinheiro público, conforme o levantamento do Diário de Goiás:
Começando por ordem alfabética, o deputado estadual Álvaro Guimarães (PR) foi um dos recordistas em gastos com alimentação no mês de março. Ao todo, foram pagos pelo deputado R$ 6.294 no Restaurante e Lanchonete Tocantins.
O deputado Diego Sorgatto (PSD) preferiu ir poucas vezes aos restaurantes Coco Bambu e Empório Saccaria. Mas, em apenas três dias, só nesses dois estabelecimentos, o deputado pagou R$ 559,96. Somando aos outros restaurantes e pizzarias, como o Buritis, Villa Bella e Tribo, o valor total no mês é de R$ 1.947,29, integralmente ressarcido pela Casa. Em poucos dias, o deputado Marquinhos do Privê (PSDB) também pagou R$ 1.798,69 em lugares, como Restaurante Kanpai e Panela Mágica.
Dr. Antônio (PDT) e Júlio da Retífica (PSDB) também optaram por frequentar apenas um restaurante no mês de março. O escolhido pelos dois, Thiosti Restautante e Choperia, recebeu de Antônio R$ 1.480 e de Júlio R$ 1.578, totalmente ressarcidos pela Alego.
Outro recordista é o deputado Henrique Arantes (PTB). Não pelo valor pago, mas por variedade de restaurantes que costuma frequentar em um só mês. Em março, Henrique almoçou ou jantou no Tresla Alimentos, Cateretê Restaurante Bar, Campanhole Restaurante, Tropeira’s Bar, Restaurante dos Amigos, Sabor Supremo Restaurante e Choperia, Bar e Restaurante do Mourão, entre outros. Valor pago pela Assembleia: R$ 2.623,72.
Assim como Henrique, os deputados Iso Moreira (PSDB) e Jean Carlo (PHS) também não costumam frequentar apenas um lugar. Iso, por exemplo, esteve também no Cateretê Restaurante, Fogão Caipira, Colombus Restaurante, Los Pampas Churrascaria, Mamma Dona Pizza, Benvenuti Restaurante e Empório Saccaria. Valor pago pelo deputado e ressarcido pela Assembleia: R$ 4.885.
Jean Carlo, por sua vez, gastou R$ 1.547 para saborear comida típica no Jerivá e ainda foi ao Colombus Restaurante, Churrascaria Walmor, República da Saúde, Campanhola Restaurante, Los Pampas Churrascaria, Flor do Pequi, Churrascaria Gramado III (sim, aquela que foi interditada) e outros.
O deputado Lincoln Tejota, além de alimentação, gastou um valor alto com telefonia no mês de março. Ao todo, pagando as empresas Vivo e Oi, foram gastos R$ 1.768,12. Com alimentação, R$ 2.989,56 em lugares como Piquiras, Churrascaria Gramado III e Restaurante e Lanchonete Route.
R$ 4.560,66 foi o valor pago pelo deputado Luis Cesar Bueno (PT) e ressarcido pela Alego. Locais: Campanhola Restaurante, Contemporane Alimentos, Restaurante dos Amigos, o chiquérrimo Kabanas Restaurante e Bar, Kojima Brasília Restaurante, entre outros.
O recordista da Assembleia com gastos em alimentação no mês de março é o deputado Paulo Cezar Martins (PMDB): R$ 8.552,81 apenas no Castro’s Hotel e Sabor da Terra, integralmente ressarcidos. O último a pagar relativamente caro em almoços e jantares é o deputado Sérgio Bravo. Os estabelecimentos Sabor e Cia Decorações e Lancaster Churrascaria receberam do deputado R$ 1.984,66 só em março.
