A Câmara Municipal de Goiânia viveu, na quinta-feira, um dos piores dias de sua história.
Alheios ao dever constitucional de corrigir distorções que transformaram a prefeitura em um imenso cabide de empregos, os vereadores aprovaram um projeto de reforma administrativa que não passa de perfumaria.
O texto é risível, ridículo, patético. Não era, em definitivo, a reforma que a cidade precisava, mas a proposta que o prefeito Paulo Garcia – contemplado em todos os seus pedidos – quis.
Como se pode imaginar uma reforma administrativa que não elimine secretarias extraordinárias, que não servem para absolutamente nada (a não ser acomodar os bons amigos do prefeito)?
Pois o caro leitor pode acreditar: três das cinco extraordinárias foram preservadas no texto da relatora, a vereadora Dra. Cristina (PSDB).
Em vez de chamar Paulo Garcia e Dra. Cristina à razoabilidade, 21 colegas vereadores votaram a favor desta reforma mequetrefe. Foram eles: Antonio Uchôa (PSL), Carlos Soares (PT), Cida Garcêz (SDD), Clécio Alves (PMDB), Célia Valadão (PMDB), Denício Trindade (PMDB), Divino Rodrigues (PROS), Edson Automóveis (PMN), Fábio Caixeta (PMN), Felisberto Tavares (PR), Izídio Alves (PMDB), Jorge do Hugo (PSL), Milton Mercêz (PTB), Paulinho Graus (PDT), Paulo Borges (PMDB), Paulo da Farmácia (PROS), Paulo Magalhães (SDD), Richard Nixon (PRTB), Rogério Cruz (PRB), Wellington Peixoto (PROS) e Zander Fábio (PSL).
Os amigos do prefeito deveriam anotar estes nomes. Graças a eles, a boca livre está garantida até 31 de dezembro do ano que vem.