Não é de hoje que o deputado estadual major Araújo, do PRP, assumiu a característica de deputado “maluco beleza”, com proposições que o jornal O Popular classificou como”inusitadas” (em matéria nesta quinta-feira) e a maioria das pessoas simplesmente chamaria de ridículas ou, talvez generosamente, de excêntricas.
Militar de carreira da Polícia Militar, major Araújo é um homem de expressão dura, que já protagonizou vários barracos no plenário da Assembleia. No último, há duas semanas, partiu para cima do deputado José Vitti, líder do Governo, que o enfrentou aos gritos de “aqui não tem soldado seu, não”.
Na Legislatura passada, major Araújo ganhou notoriedade ao apresentar um projeto para desarmar a PM. Agora, ao contrário, quer armar todo mundo. Ou seja: concebeu um projeto que é o maior disparate, ao propor a criação de uma ajuda de R$ 1 mil reais, que o Governo do Estado concederia aos cidadãos interessados em comprar uma arma de fogo para a sua defesa pessoal. Além disso, haveria também cursos gratuitos para ensinar como manusear revólveres e espingardas – “Treinado, qualquer um pode se defender, defender a sua família e até terceiros”, garante o parlamentar.
Não é, como se vê, um “político” para se levar a sério. Mas major Araújo é assim mesmo. Na semana passada, em uma reunião da Mesa Diretora com 35 deputados para estabelecer um pacto destinado a evitar agressões físicas e bate-bocas em plenário, major Araújo se recusou a endossar o acordo. “Estão querendo me calar”, alegou, prometendo que vai continuar com o mesmo comportamento brigão exibido até agora.
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