Os Estados Unidos estão testando com sucesso um modelo de gestão das escolas públicas que tem semelhança com o projeto do governador Marconi Perillo, que pretende transferir as escolas estaduais para o sistema de gestão por Organizações Sociais.
São as “charter schools”, escolas em que os gestores recebem recursos públicos para funcionar com total liberdade administrativa em relação às escolas centralizadas, onde os professores, por exemplo, são sindicalizados e não podem ser demitidos, mesmo não rendendo o necessário.
Há pelo menos dois sistemas de “escolas charter” nos Estados Unidos de maior presença e êxito no sistema educacional: as da rede Sucess Academy e as do The Equity Project, todas atuando em áreas pobres, mas obtendo resultados espetaculares, com os seus alunos aprendendo mais que aqueles matriculadas em escolas de ricos.
Em tese, portanto, o modelo de gestão por Organizações Sociais tem tudo para ser bem sucedido e, mais uma vez, mostrar para o Brasil que Goiás tem criatividade e ousadia para avançar na Educação – assim como avançou na Saúde, com a vitoriosa entrega dos hospitais estaduais para as OSs, que hoje atrai uma romaria de de administradores do setor, de todo o país, para conhecer a experiência.
Há um conflito dentro do Governo do Estado, no momento, porque a secretária da Educação, Raquel Teixeira, é por princípio contrária ao sistema de gestão por OSs, assim como os sindicatos de professores e, é claro, os próprios professores, todos interessados na defesa das suas vantagens corporativas. É que, com as OSs, os professores passarão a ser avaliados, assim como acontece nas “escolas charter” americanas, que, a cada ano, costumam substituir a metade dos seus quadros, por falta de rendimento adequado.
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