O vereador Tayrone di Martino (sem partido) jamais se levantou contra a manobra realizada por burocratas da prefeitura de Goiânia para permitir que a empreiteira Euro América infringisse o Plano Diretor e construísse mais de mil apartamentos (mil!!!) no Park Lozandes.
Também nunca cobrou explicações da secretária municipal de Educação, Neyde Aparecida, por conta de denúncias de desvio de 190 toneladas de carne da merenda escolar dos alunos da rede de ensino infantil da Capital.
Nunca se rebelou contra a frouxidão do presidente da Câmara, Anselmo Pereira, que reluta em cassar o mandato de um vereador (Zander Fábio) já condenado, em última instância, a nove anos e seis meses de prisão por roubar dinheiro público na Companhia Metropolitana de Obras (Comob).
Tayrone prefere concentrar sua energia em besteirol. O seu primeiro mandato como vereador é um festival de projetos inúteis, como o que foi apresentado nesta semana.
Tayrone sugere que seja proibido o uso de aparelho celular ou similares durante o período em que estão sendo ministradas as aulas nas escolas públicas e privadas de Goiânia.
Como se fosse esse o grande gargalo da Educação Municipal.
Se quer realmente contribuir com o ensino público da Capital, o vereador deveria cobrar do prefeito a eliminação do déficit de 4 mil vagas na rede infantil.
Deveria se rebelar contra a suspensão do serviço de call center da prefeitura, que paralisou todos os procedimentos de transferência ou regularização de alunos matriculados. Contra o corte de subsídios pagos a professores e servidores administrativos da prefeitura. Contra o calote que Paulo Garcia deu no pagamento da data-base de 2014 destes servidores.
E, como já dissemos, deveria abrir o olho para as possíveis falcatruas arquitetadas por sua madrinha política, Neyde Aparecida, na secretaria de Educação.
O resto, Tayrone, é perfumaria.
Não é para isso que foi eleito.