Em 2006, o então vereador Bruno Peixoto (PMDB) acusava colegas de “cravar um punhal em seu peito” por trairem o acordo que deveria elege-lo presidente da Câmara Municipal em favor do vitorioso Deivison Costa (PTdoB).
Quase dez anos depois, o poder Legislativo da Capital deve servir de palco para outro ato de traição. A vítima, desta vez, é o povo de Goiânia.
Eleito com a promessa de atuar com firmeza no front de oposição ao prefeito Paulo Garcia (PT), o presidente da Câmara, Anselmo Pereira (PSDB), se transformou no melhor aliado que o prefeito poderia ter.
Nos primeiros seis meses do ano, que foi o período inicial da passagem de Anselmo pela presidência, Paulo Garcia aprovou o que quis. O rolo compressor, que já funcionava bem sob comando de Clécio Alves (PMDB), funciona melhor ainda – quem diria! – nas mãos de um tucano.
O clímax deste ato de traição deve ocorrer nos próximos meses, com a votação do projeto de lei que aumenta o IPTU de Goiânia. Está no jornal O Popular desta quinta-feira a informação de que Anselmo vai trabalhar em favor do reajuste, em que pese o fato de não haver melhora alguma nos serviços prestados pela prefeitura que justifiquem tal aumento.