A equipe de Paulo Garcia – e o próprio – tentaram apresentar a viagem ao Vaticano como uma deferência do papa Francisco, que teria convidado o prefeito de Goiânia para um “encontro”.
Na verdade, tratava-se de um convite burocrático, que não foi além de oferecer uma oportunidade para que Paulo Garcia e mais uma centena de autoridades assistissem a uma palestra do papa, em um auditório lotado mais de 300 pessoas. Como o papa falou em italiano e não havia tradução simultânea, o prefeito passou batido e até agora não sabe exatamente o que ouviu.
Em seu delírio, a equipe da Prefeitura e o prefeito jogaram tudo na possibilidade de uma audiência de um grupo menor com o papa, quando poderiam conseguir fotos e, com sorte, até um vídeo. Mas nem isso foi possível: o papa entrou no auditório, sentou-se no principal lugar da mesa, falou e foi embora correndo.
Na fila do meio, perdido em meio à multidão, estava Paulo Garcia, que, no Twitter, postou “ter tido a honra de ouvir o papa”. Não houve nem “encontro” nem “momento” com Francisco, conforme a assessoria de comunicação da Prefeitura havia dito que haveria.
Um vexame histórico.
Veja o release que a Prefeitura distribuiu no dia 10 de julho último:
Prefeito Paulo Garcia atende convite do Papa Francisco
Sete prefeitos brasileiros se reunirão no Vaticano, compondo grupo de 50 gestores municipais de vários países, em um encontro – no dia 21 de julho – com o pontífice. Além do momento com Francisco, o prefeito participa ainda, no dia 22, de atividades para discutir questões sobre o meio ambiente, tema da encíclica divulgada no último dia 18 pelo Papa.