Se já é difícil explicar a viagem do prefeito Paulo Garcia ao Vaticano, onde propagandeou que teria um encontro com o papa Francisco para mostrar “o trabalho que está sendo desenvolvido em Goiânia”, mas apenas se limitou a assistir no meio de mais de 300 pessoas a uma palestra do Sumo Pontífice, como justificar que o presidente da Câmara, Anselmo Pereira, e o secretário de Finanças, Jeovalter Correia, também tenham se mandado para Roma, junto com o prefeito, com passagens e estadia por conta dos contribuintes goianienses?
Ninguém é capaz de responder a essa pergunta.
Antes da viagem, Anselmo, em um acesso de puxasaquismo desenfreado, declarou que o convite recebido por Paulo Garcia significa que o papa Francisco aprova a gestão do petista em Goiânia. Isso mesmo: o papa, entusiasmado com a administração de Paulo Garcia, não se conteve e resolveu deixar bem claro que ele é a favor, aplaude e por isso estava convidando o prefeito para um “encontro” no Vaticano (que nunca houve nem vai haver), segundo o valoroso vereador.
Anselmo, portanto, pode ter ganhado a viagem como prêmio. Mas… e Jeovalter Correia, o homem encarregado de organizar as combalidas finanças municipais? Será que ele foi ao Banco do Vaticano, para aprender alguma novidade para ajudar na sua missão na secretária de Finanças da Prefeitura?
Enquanto isso, o único que sai perdendo é quem paga a conta: o contribuinte goianiense.