Em declarações ao diário O Hoje, o líder do governo na Assembleia, José Vitti, reconhece que o deputado federal Delegado Waldir pode ser um bom candidato a prefeito de Goiânia porque “tem uma penetração muito grande no eleitorado de Iris Rezende, já mostrou isso sendo candidato a deputado”.
Mas, na sequência, José Vitti aponta um obstáculo para a candidatura do Delegado Waldir: “Precisamos saber se a população vai entendê-lo como gestor da nossa cidade.Esse é o grande questionamento”, alerta o deputado.
É público e notório que José Vitti tem entusiasmo com a candidatura do presidente da Agetop, Jayme Rincón, cuja grande característica, como se sabe, seria a de gestor nato. Supostamente, é o que Goiânia precisaria – entende o deputado.
Porém, as coisas não são bem assim. Há mais de 20 que o eleitor goianiense quase só elege não-gestores: com exceção de Iris Rezende, Goiânia colocou na Prefeitura os professores Darci Accorsi, Nion Albernaz e Pedro Wilson, além do médico Paulo Garcia.
E vejam a experiência de São Paulo: o prefeito é também um professor, Fernando Haddad, que, na eleição passada, derrotou um gestor qualificado como José Serra. Ou seja: a maior e mais problemática cidade do país preferiu um acadêmico a um técnico, um gerente, enfim.
Não existe evidência científica – ou seja, amparada em pesquisas – de que Goiânia demanda, para a Prefeitura, um “gestor”. Trata-se apenas de um mito.