O site de O Popular “escorre” sangue nesta segunda-feira, com uma sequência de mais de 10 manchetes policiais: traficantes assassinados com rajadas de metralhadoras, acidente com um ônibus, brasileira morta pelo marido em Lisboa, jovem mata namorada a facadas, rapaz é morto em confronto com a PM e muito, muito mais em matéria de mundo cão.
A prioridade para reportagens de cunho popularesco, digamos assim, é uma decisão dos consultores contratados para recuperar a penetração de O Popular. O jornal experimentava uma trajetória de decadência sob o comando do diretor de jornalismo Luiz Fernando Rocha Lima, o Nando, já afastado, que aliou-se a um grupo de jornalistas que acreditava em uma linha editorial de críticas ao governo do Estado e de caracterização do jornal como fiscal da sociedade.
Isso agora é passado. O site bate recordes de acesso e o impresso está conseguindo sustentar a circulação. Da velha guarda que se reunia em torno de Nando, restaram pouquíssimos exemplares na redação, entre eles a editora Cileide Alves e a repórter política Fabiana Pulcineli – que, a cada semana, entram na lista de cogitações para a próxima lista de demissões do Grupo Jaime Câmara. É questão de tempo.