Em entrevista a O Popular, o arquiteto e urbanista Everaldo Pastore, professor da Pontifícia Universidade Católica, condenação a mutilação de praças – com a Praça do Relógio, são oito praças “recortadas” para abrir espaço ao tráfego de veículos, desde 2006 – e faz uma advertência ao prefeito Paulo Garcia: “O recorte das praças em Goiânia significa também a perda da oportunidade de ter mais árvores. O local deixa de ser uma praça. Eles retiram os acessos e aumentam o tráfego, a cidade vai ficando mais morta, perde o espaço vivo”, lamenta Everaldo Pastore.
Nesta sexta, em ampla reportagem, O Popular dá continuidade ao debate sobre o “recorte” da Praça do Relógio, que está sendo unanimemente condenado por especialistas e pela população em geral. O jornal mostra que a Prefeitura mantém um grande número de praças, em Goiânia, sem acesso ao pedestre, ilhadas, o que impede que elas sejam utilizadas como local de lazer, descanso ou mesmo de passagem.
A equipe de O Popular visitou duas praças e fez uma comparação: “Na Praça Universitária, há faixas de pedestres em todos os cruzamentos, em ambos os lados, além de espaços para descanso, contemplação e lanchonetes, o que promove o espaço de convívio todos os dias. Aos domingos, por exemplo, é realizada uma feira no local. A realidade é diferente na Praça do Cruzeiro, em que o único acesso dos pedestres é pela Rua 90 e há fluxo intenso de carros. Mesmo havendo vários bancos, árvores e fontes, não há uso social pela dificuldade em chegar ao lugar”.
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