A entrevista do jornalista Jackson Abrão, gravada em vídeo e postada no portal de O Popular na internet, com o professor João Coelho, membro de um certa Mobilização dos Professores de Goiás, terminou em fiasco: o professor não conseguiu explicar porque é contra as organizações sociais na gestão das escolas do Estado, repetindo apenas que “esse processo todo está muito obscuro”.
Ficou claro que o professor ou foi mal escolhido para falar sobre o assunto ou ficou nervoso – já que não conseguiu se expressar com nitidez e cometeu vários erros de português nas suas declarações.
Jackson Abrão foi fundo e perguntou: “Os professores têm medo das OSs?”. Embora sem admitir, João Coelho admitiu que, sim, os professores têm receio do sistema de gestão da rede de ensino estadual pelas organizações sociais – com o novo sistema, espera-se que os professores venham a ser avaliados e tenham a obrigação de melhorar o seu desempenho, algo que não existe hoje.
Segundo o professor, “as salas de aulas vão ser vendidas para uma organização privada, que vai tirar lucro de quem não quem condição de pagar”. Muito mal construída, em se tratando de um professor, a frase é um absurdo. Organizações sociais não são organizações privadas e, por lei, são impedidas de ter lucros. Nenhuma sala de aula vai ser vendida: as escolas continuarão públicas e gratuitas.
Para João Coelho, o que seria importante é que “o interesse dos estudantes, agora, é barrar as OSs” – outra afirmação sem o menor sentido, já que as escolas do Estado alcançam um universo de 650 mil alunos e, nas 14 escolas ocupadas (existem mais de mil), há um número baixíssimo de alunos envolvidos. As “ocupações”, na prática, estão sendo tocadas por sindicalistas, partidos políticos radicais como o PC do B, ativistas profissionais que vieram de outros Estados e pessoas estranhas ao meio estudantil. (E não há uma pesquisa mostrando que os estudantes são contra o sistema de gestão pelas OSs).
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