quinta-feira , 18 julho 2024
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Jânio de Freitas define Iris Rezende como um semiletrado em artigo na Folha de S. Paulo

O consagrado jornalista Jânio de Freitas definiu o ex-governador Iris Rezende (PMDB) como “semiletrado” em artigo publicada no jornal Folha de S. Paulo, neste domingo.

Iris foi citado no bojo dos comentários sobre formações ministeriais classificadas por ele como “medíocres” na história recente do Brasil. O ex-governador de Goiás foi ministro da Justiça em um dos mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

“A Dilma Rousseff, os votos de que perceba o excesso de mediocridade das formações ministeriais que concede às escolhas dos partidos, o que fazem em benefício próprio e em desaforo com o país. Não é uma peculiaridade de Dilma, bastando lembrar que no governo Fernando Henrique até Renan Calheiros e o semiletrado Iris Resende foram ministros da Justiça, além de outras preciosidades do gênero, vivas ainda ou já mortas”, escreve Jânio.

Leia, abaixo, o artigo na íntegra:

Votos menos e mais inúteis

Os votos são antigos, vêm de 2015. São votos atrasados pela Light, que considera o vento —a mais universal das energias— incompatível com energia elétrica. Há anos, ventinho e apagão são sinônimos no pedaço carioca em que estou. Ou, não menos provável, também na Light esta coluna não é bem vista. Tanto que o apagão prefere atacar quando um texto já se aproxima do fim -e, de repente, a tela, o mundo, a vida somem em sombras. A volta? Em horas inúteis.

Personagem central do ano, Eduardo Cunha merece a prioridade. Desejo-lhe que permaneça como destaque, mesmo fora da Câmara. E assim seja em razão de um farto desfolhar de revelações que respondam à curiosidade latente da opinião pública: quem é e, sobretudo, o que é esse fenômeno da astronomia política chamado Eduardo Cunha?

A Dilma Rousseff, os votos de que perceba o excesso de mediocridade das formações ministeriais que concede às escolhas dos partidos, o que fazem em benefício próprio e em desaforo com o país. Não é uma peculiaridade de Dilma, bastando lembrar que no governo Fernando Henrique até Renan Calheiros e o semiletrado Iris Resende foram ministros da Justiça, além de outras preciosidades do gênero, vivas ainda ou já mortas. Mas para um governo envolto por situações críticas, um ministério respeitável e eficiente é a força mais neutralizadora dos assédios. Caso, é claro, o governo não conte com alguma tolerância da imprensa —situação em que Dilma e Fernando Henrique são recordistas em sentidos opostos.

Temos deputados demais, federais e nos Estados, vereadores demais, e pouquíssimos políticos de fato. O novo ano nada pode a respeito. Mas ao eleitorado cabe desejar que ao menos, nas eleições de outubro, não continue substituindo os escassos sérios por marginais, disfarçados ou não. E OAB, CNBB e outras entidades respeitáveis pedem os votos de que intensifiquem a discussão de temas corretivos da política e daí extraiam propostas inteligentes.

Ao juiz Sergio Moro, os votos de que reflita sobre uma atividade que ele designa com a abominável expressão “usar a imprensa”. Notícias deliberadamente inverdadeiras ou imprecisas são violações da ética, tanto a pessoal como a profissional, sejam quais forem as pessoas e as profissões. Se essa prática é criticada na imprensa, não será na magistratura e no Ministério Público que se tornará legítima.

Aos integrantes da Lava Jato, os votos de que pensem, com a isenção disponível, em um efeito paralelo ao que os faz propagadores de delação premiada: impunidade com liberdade, em troca da denúncia de comparsas, é também um estímulo à criminalidade. Isto mesmo deve estar em muitas cabeças, neste momento. Como esteve na de Alberto Youssef e o levou ao crime outra vez, depois de sua delação premiada no caso Banestado, lá atrás, na qual figurou o compromisso de não voltar ao crime.

Os personagens do noticiário merecem os votos de que encontrem menos declarações suas que não fizeram e intenções que não tiveram. As próprias notícias justificam os votos de que recebam dos jornais tratamento menos desequilibrado entre as correntes políticas. À internet, desejo que não se importe com as acusações, propagadas por tantos jornalistas, de que está matando os jornais. Não é a internet que faz os jornais como estão.

A todos, a esperança de que deem um bom desconto no que se diz da situação do Brasil. E assim vivam um ano menos angustiante e mais lúcido do que lhes está induzido.

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