Cem servidores comissionados da Comurg foram exonerados nesta terça-feira pelo prefeito Paulo Garcia (PT). Eles pagarão o pato por anos de desmandos e maracutaias na companhia. A prefeitura está jogando, sobre os ombros destas pessoas, a culpa pela falência da Comurg. Mas será que demiti-los, em ano de crise e de poucos empregos, vai resolver o problema da empresa?
É claro que não. A quebradeira na Comurg tem de ser debitada na conta de figurões como a ex-deputada Neyde Aparecida e de Paulo Cézar Fornazier, que a presidiram na época do ex-prefeito Pedro Wilson e transformaram a companhia num enorme cabide de empregos. Tem que ser incluída na folha de serviços prestados por Waguinho Siqueira, que graças à Comurg virou deputado estadual, e de Luciano de Castro, que de lá saiu escorraçado por exigência do Ministério Público e envolvido até o último fio de cabelo com denúncias de corrupção. Não podemos esquecer de Ormando Pires, que sabia dos supersalários pagos aos marajás da companhia e nunca teve coragem de mexer neles.
Por fim, a quebradeira na Comurg precisa ser creditada aos três prefeitos que a destruíram: Pedro Wilson, Iris Rezende e Paulo Garcia. Responsabilizar a existência de cem servidores públicos pela falência da empresa é um ato de covardia sem precedentes na história de Goiânia.