Texto de Kamylla Rodrigues, publicado no site A Redação
O Grupo Sonhus Teatro Ritual emitiu, na segunda-feira (11/1), uma nota de repúdio aos atos de vandalismos no Colégio Estadual Lyceu de Goiânia, uma das unidades ocupadas por secundaristas contrários ao projeto de gestão compartilhada por Organizações Sociais.
Na nota divulgada nas redes sociais, o Grupo anexa 30 imagens que mostram as paredes manchadas com tinta preta e até garrafas de bebidas alcoólicas. Segundo o grupo, um funcionário da escola que participa da ocupação disse que o responsável pelos atos de vandalismo seria um ex-aluno sob efeito de drogas e álcool.
O grupo afirmou ser a favor de manifestações justificadas por causas honestas, mas tais ações não são as corretas. Em nota, o Grupo revela preocupação com o futuro dos alunos que estudam no Lyceu. “As aulas retomam na semana que vem. Como ficarão os alunos e professores do Lyceu? A escola continuará fechada para todos que não participam do movimento? Se não houver alunos matriculados, fecham turmas e até a escola. É preciso responsabilidade e consciência”, disse a nota.
Confira a nota a íntegra:
Hoje fomos informados de um ato de vandalismo causado por um dos poucos alunos do Lyceu que participam da ocupação realizada na escola. Depredaram as paredes com tinta preta num ato que segundo um funcionário que participa por opção da ocupação secundarista que o ex-aluno em questão estava sob efeito de LSD, maconha e álcool. Num ato de loucura provocou esse triste estrago.
O Espaço Sonhus atende aos alunos e professores do Lyceu e comunidade em geral, gerindo a arte de uma forma responsável, democrática e espontânea.
Nós do Espaço Sonhus somos a favor de qualquer manifestação justificada por uma causa honesta e acreditamos que essas reivindicações sejam legitimas mas essas ações já não nos parecem corretas.
Diferente do que houve em São Paulo, as escolas ocupadas como o Lyceu não sofrem ameaças de serem fechadas, nem sequer de serem administradas por OS, segundo informações que os próprios secundaristas e outras pessoas que lideram o movimento dispõe.
No caso dessas ocupações quem está fechando as escolas são as pessoas desse movimento de ocupação.
Se não houver alunos matriculados fecham turmas e até a escola. É preciso responsabilidade e consciência.
É preciso também criatividade. Outras estratégias de mobilização, manifestação e envolvimento da sociedade. Imitar o movimento de São Paulo sem a mesma realidade de lá nos parece pouco inteligente e injustificável.
Lá ocuparam as escolas para que as mesmas não fossem fechadas. E ocuparam muito acertadamente aquelas escolas que estavam sendo ameaçadas de fechar.
Manifestamos aqui nosso repúdio à essas depredações e essa postura intolerante e inflexível que reflete o comportamento “autoritário” e “fascista” que se quer combater.
As aulas retomam na semana que vem, como ficarão os alunos e professores do Lyceu? A escola continuará FECHADA PARA TODOS QUE NÃO PARTICIPAM DO MOVIMENTO?
Equipe Grupo Sonhus Teatro Ritual