O Conselho Deliberativo do Transporte Coletivo (CDTC) encontrou-se apenas uma vez desde que a presidência passou das mãos do então secretário estadual das Cidades, João Balestra, para o prefeito Paulo Garcia (PT) em 2015. E esta única reunião aconteceu para deliberar sobre o reajuste da tarifa.
O prefeito nunca convocou a CDTC para discutir os problemas do transporte, que são muitos. Nem quando manifestantes queimaram ônibus na região Oeste da Capital, no fim do ano passado.
Paulo nunca teve a iniciativa de chamar o Conselho para discutir a polêmica das gratuidades – bem como a participação dos municípios da região metropolitana no financiamento das viagens de quem não paga passagem, como idosos e estudantes. Os municípios comprometeram-se a ajudar o estado no financiamento, mas a promessa não saiu do papel.
Sob o comando de Paulo Garcia, a CDTC ainda não se debruçou sobre o problema da falta de segurança dentro dos veículos, que atormenta principalmente mulheres. Também vem ignorando os atrasos crônicos dos ônibus, principalmente nos bairros mais afastados, sem falar na péssima qualidade dos abrigos, que não protegem os passageiros do sol quente e da chuva torrencial.
Paulo Garcia não liga para o transporte coletivo. Eis a prova. E uma cidade que não oferece transporte público de qualidade não pode reivindicar o título de “sustentável”.