Não é preciso ser cientista político ou consultar pesquisas para concluir que a candidatura a prefeito de Goiânia do deputado federal Delegado Waldir é viável, parte de uma base popular real e consistente, mas esbarra em um discurso demagógico e com poucas respostas para os desafios colocados pela administração da maior metrópole do centro-oeste, depois de Brasília.
E o pior é que Delegado Waldir nada faz para melhorar essa imagem – ao contrário, age para agravá-la, referindo-se majestaticamente a si próprio como “o Delegado Waldir vai fazer isso, o Delegado Waldir vai fazer aquilo”, falando com um péssimo português, entonação e gestos que o Jornal Opção, neste domingo, define como “teatrais”, e, finalmente, enfileirando propostas estapafúrdias – que nada representam além de “bravatas” vazias.
Exemplo: Delegado Waldir promete acabar com a especulação imobiliária em Goiânia porque “não tenho o rabo preso”. Boa. É uma vantagem não ter “o rabo preso”. Mas isso, só, não basta. É preciso apresentar um plano convincente para “acabar” com a especulação imobiliária, de resto um fenômeno que é comum a toda e qualquer grande cidade, em qualquer parte da terra.
Outra “bravata”? Delegado Waldir pretende criar uma Secretaria Municipal de Segurança, algo que praticamente não existe em nenhuma outra Prefeitura brasileiro porque… segurança pública não é responsabilidade dos municípios. Como o eleitor, que não é bobo, sabe dessa regra constitucional, ou seja, que segurança pública depende de leis mais duras e de mais investimentos dos governos estaduais e federais, quem vai acreditar nessa promessa?
E, de resto, qual é a maior crítica que se faz à candidatura de Delegado Waldir? Que ele só entende e só pensa em segurança, sendo amador em todas as outras áreas administrativas.
Em informações que deu ao Jornal Opção, neste domingo, Delegado Waldir descabela e faz promessas as mais exageradas e sem vinculação com recursos, desde a criação de hospitais especializados em crianças ou em idosos até a criação de linhas de ônibus diretas entre bairros e o centro, que ele batizou de “ligeirinho”, mas não explicou como viabilizará.
Promessas demais é sinal de desespero e discurso vazio.
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