O candidato que vier a ser lançado pelo PSDB em Goiânia, para disputar a eleição municipal de outubro próximo, enfrentará dois fatores negativos que podem inviabilizar quaisquer chances de vitória: 1) será escolhido através de um processo interno de prévias, que costuma deixar arestas e ressentimentos entre os postulantes envolvidos e 2) não contará com a presença do governador Marconi Perillo diretamente na campanha, já que o governador, como fez em praticamente todas as eleições para prefeito da capital, deverá se limitar a uma participação protocolar e não se envolver de corpo e alma.
Três nomes disputarão as prévias: os deputados federais Delegado Waldir e Giuseppe Vecci e o presidente da Câmara, Anselmo Pereira. O resultado é imprevisível. Delegado Waldir fez a sua inscrição, mas pode desistir, se, como ele diz, concluir que se trata de uma armadilha montada para favorecer Vecci. Anselmo Pereira não pode ser descartado: como o colégio eleitoral é formado pelos filiados ao PSDB em Goiânia, ele, como vereador há mais de 20 anos, tem boa penetração e ligação com a base tucana na capital.
Em São Paulo, onde também haverá prévias para definir o candidato do PSDB à Prefeitura, o processo já foi batizado pela imprensa de “tucanocídio” – em alusão, também, ao rastro de insatisfações e mágoas que fica depois que o vencedor é apontado.