O veterano comentarista político Afonso Lopes avalia, em artigo no Jornal Opção deste domingo, que o “protesto” contra as organizações sociais na gestão compartilhada das escolas estaduais já atingiu os seus objetivos, ou seja, “OK, eles deram o recado deles. Foi feito o alerta que julgaram conveniente que fosse feito. É um gesto abrigado plenamente dentro do estado democrático. Mas o limite é exatamente esse, e infelizmente esse limite foi rompido. O que está se vendo não são manifestações democráticas, mas a truculência da opinião contrária”.
Afonso Lopes acredita que está cada vez mais claro que “o maior interesse na geração de tumultos em escolas e na própria sede estadual da Secretaria de Educação tenha como única motivação inconfessáveis interesses políticos. O objetivo é questionar o governo por ter interesses, inclusive partidários, contrariados. É a velha e surrada questão brasileira do ‘quanto pior, melhor’. É uma guerra cega, que não olha para a possibilidade de melhorar o acesso à educação pública por uma parcela da população que tanto necessita dela”.
O jornalista ressalta que o Governo do Estado tem todo o direito de tentar um novo caminho na Educação em Goiás, uma vez que o atual sistema de ensino é comprovadamente insatisfatório e representa, principalmente, um grande desperdício de recursos. E arremata: “Diante da experiência exitosa das organizações sociais nos hospitais, por que não se deve tentar uma solução semelhante na educação pública? Esse é o ponto. A formatação da OS na educação não é exatamente igual à de uma OS da saúde, mas precisa atingir o mesmo objetivo: melhorar o desempenho que se obtém na escola”.