O jornalista Ulisses Aesse, na coluna Café da Manhã, edição desta sexta-feira do Diário da Manhã, diz que o deputado federal Alexandre Baldy, do PSDB, desistiu de ser candidato a prefeito de Anápolis porque o partido teria entendido que a sua presença na Câmara Federal, neste momento, seria “mais importante”.
O próprio Baldy, na nota de Ulisses Aesse, aparece sem modéstia nenhuma se declarando como um parlamentar de atuação destacada em Brasília e acrescentando que as suas decisões políticas – como a de não se candidatar em Anápolis – “visam a beneficiar o maior número possível de pessoas”, aliás um ato falho: veja bem, leitor, ele parece sugerir que, ao desistir de ser candidato em Anápolis, estaria “beneficiando o maior número de pessoas”.
Mas a verdade é outra. Antes de mais nada, esqueça que Baldy tem qualquer tipo de destaque em Brasília. Como a maioria dos deputados federais goianos, ele pode ser, no máximo, destaque entre… o baixo clero.
O que deve ser dito é que Baldy não tem nem nunca teve qualquer sintonia com a população Anapolina, além de ser casado com a filha de um empresário que fez fortuna com uma fábrica de medicamentos na cidade.
Segundo, é apenas mais um milionário na política – na linha de figurinhas como Sandro Mabel, Vanderlan Cardoso ou Pedrinho Abrão. Sem ideias e propostas, conseguem votos para mandatos proporcionais com uma estrutura financeira pesada, mas dificilmente vencem eleições majoritárias, onde só dinheiro não resolve.
E, terceiro, Baldy desistiu, conforme informa o Jornal Opção online, ao constatar que a sua campanha seria simples: ele, de um lado, e a “pedilança” de dinheiro do outro. É isso que o eleitor vê nele e é para não abrir as burras que ele prudentemente caiu fora.