Eleito presidente do diretório estadual do PMDB sob a alegação de iria promover a “renovação” do partido, o deputado federal Daniel Vilela passou a defender com ênfase a candidatura de Iris Rezende, 82 anos, em Goiânia e retomou uma velha prática peemedebista, iniciando uma série de 20 encontros regionais nos municípios.
Os encontros repetem uma velha e surrada estratégia do PMDB, desde que a legenda foi apeada do poder com a vitória de Marconi Perillo sobre Iris, em 1998. Uma comitiva segue de Goiânia para a cidade escolhida, reúne os cacos do que sobrou da legenda em cada região e segue-se uma interminável lenga-lenga de discursos e bravatas, sem nada de novo.
A candidatura de Iris a prefeito de Goiânia, por outro lado, carimba o partido com o que de mais antigo e arcaico existe na política em Goiás. Isso tanto é verdade que, na semana passada, nas pílulas do PMDB na televisão, o velho cacique apareceu mais uma vez falando do tempo de antigamente, relembrando feitos da primeira vez em que assumiu o governo do Estado… em 1983, quando mais da metade dos atuais eleitorais sequer havia nascido.