O Ministério Público Estadual está em dívida com a população de Goiás: o órgão foi responsável pela ação que extinguiu o SIMVE e retirou das ruas 2.400 policiais, de uma tacada só, sem propor qualquer saída para o problema.
Ora, direis, havia problema de constitucionalidade com o SIMVE. Ok. Mas o que se discute aqui são os resultados finais: pelo sim, pelo não, um enorme contingente de profissionais treinados foi demitido pela obstinação do Ministério Público em questionar a sua contratação e o que de concreto aconteceu é que o policiamento foi reduzido em Goiás, abrindo espaço para o crescimento da criminalidade.
Agora, sem jamais ter oferecido qualquer contribuição para o debate sobre a questão da segurança pública no Estado, a não ser a calamitosa extinção do SIMVE, o Ministério Público manifesta em O Popular deste sábado “preocupação” com a nomeação do tenente-coronel Ricardo Rocha para o comando do policiamento da capital.
Paciência, leitor. Muita paciência. Precisamos ou não de combater com dureza e eficiência a ação dos criminosos? Ricardo Rocha, sem nunca ter recebido nenhuma condenação, deve ser “punido” por ser alvo de acusações que nunca foram comprovadas e que levaram inclusive o próprio Ministério Público a pedir o arquivamento de processos contra ele?
Ajudar, o Ministério Público não ajuda a melhorar a segurança em Goiás. É fato. Mas atrapalhar, aí também é demais…