As eleições municipais deste ano vão acontecer de forma absolutamente inédita em todo o país e, nos próximos parágrafos você vai entender o porquê, leitor amigo, principalmente em Goiás.
Dois fatores provocam desorientação nos candidatos: um, a mudança das regras, com o fim, por exemplo, da contribuição de pessoas jurídicas ao candidatos ou a redução drástica do tempo de campanha na televisão; e a mudança de parâmetros dos meios de comunicação, fortemente esvaziados pela internet e especialmente pelas redes sociais – meios que os candidatos, em sua maioria, não aprenderam a manejar.
Resultado: os candidatos não sabem o que fazer. Em Goiânia, qualquer um pode constatar que eles estão se limitando a entrevistas a rádios e jornais, que não chegam a quase ninguém, e a reuniões frequentadas por alguns poucos e abnegados gatos pingados, disponíveis para ouvir a lenga lenga dos 10 postulantes que se apresentaram até agora à disputa pelo Paço Municipal.
Está tudo tão parado que até pesquisas de intenções de voto tornaram-se escassas. Sabe-se que na próxima terça-feira a TV Record vai divulgar um levantamento sobre as eleições na capital, encomendado ao Instituto Paraná, lançando alguma luz sobre o cenário eleitoral obscuro que prevalece até agora. Por enquanto, é só.