No jornal O Popular desta segunda-feira, o candidato a prefeito Iris Rezende (PMDB) joga no lixo séculos de estudos realizados no mundo afora sobre estatística e diz que a pesquisa Serpes – que detectou empate dele com Vanderlan Cardoso (PSB) neste início de segundo turno – está provavelmente errada porque analisa uma amostra muito pequena da população.
Pesquisas têm margem de confiança de 95% na maioria dos casos. Chega-se a resultados tão confiáveis porque as amostras são elaboradas com base nos indicadores de gênero, idade, renda e escolaridade da população. A amostra representa o todo. Não é uma invenção do instituto Serpes. Testou-se esta técnica centenas de milhões de vezes antes de se adotá-la em escala comercial.
Que bom que Iris está errado. Se estivesse certo, não bastaria uma agulhada para fazer um exame de sangue. Uma colherada não seria suficiente para saber se a sopa na panela está boa. Seria mais complicado viver neste mundo.
O leitor com boa memória se lembrará que Delegado Waldir (PR) brigou com as pesquisas no primeiro turno. Dizia que eram mentirosas e que confiava que estaria na etapa final da disputa. O que se viu é que os levantamentos foram precisos ao detectar o esvaziamento da sua postulação. Brigar com o Serpes não é o caminho para vencer a eleição. Melhor é concentrar esforços em pedir votos na rua.