24 de outubro de 2016. Para felicidade da maioria, esta é a última vez que Goiânia completa aniversário sob a gerência do prefeito Paulo Garcia (PT). Quando chegarmos aos 84, é provável que estejamos engajados em nos recuperar do trauma causado por quatro anos de inépcia e incompetência do PT.
Paulo administra a cidade desde que ela se tornou octogenária. Se comparada às outras capitais do País ainda é jovem, mas enfrenta problemas de uma metrópole de meio século de vida, como Salvador ou São Paulo.
O sistema de drenagem pluvial, por exemplo, está defasado. Não nos livra de enchentes. O patrimônio histórico e arquitetônico deteriorou-se e está praticamente perdido. O transporte público não recebe investimentos de grande monta desde os anos 1980. O centro da cidade está tomado pela poluição visual e jamais houve intervenções significativas para melhorar a acessibilidade ou democratizar o espaço urbano.
Antes que Goiânia chegasse aos 80, a população foi ludibriada com a promessa de que daríamos um passo à frente das outras Capitais abraçando o conceito de sustentabilidade, que surgiu na campanha de Paulo em 2012. Esta palavra mágica brotou no contexto eleitoral como a chave que levaria a cidade ao futuro.
A ideia era suplantar o obrismo tradicional por uma gestão moderna, focada na prestação de serviços e no respeito ao cidadão. Isso não aconteceu. Paulo gastou dinheiro com obras inúteis, como o túnel da avenida Araguaia que liga nada a lugar nenhum, e precarizou os serviços públicos.
O goianiense ressente-se hoje por ter acatado a sugestão do seu antecessor e eleito Paulo Garcia. Em pouco tempo, ele se transformou no prefeito com a pior avaliação da história de Goiânia. Hoje é também o pior entre todos os prefeitos de capitais brasileiras, de acordo com pesquisa Ibope/jornal Estado de S. Paulo.
O aniversário é nesta segunda, mas o presente que Goiânia espera receber só virá no dia primeiro de janeiro de 2017, quando o PT for finalmente expulso da prefeitura.