Você provavelmente não sabe, leitor: o deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, é um dos parlamentares goianos – contados os estaduais e federais – que dispõe da maior e mais cara assessoria de comunicação com a qual um político pode contar.
São 3 jornalistas de peso, contratados cada um com salários acima de R$ 10 mil mensais pelo gabinete de Daniel Vilela na Câmara Federal: Bruno Rocha Lima, Rodrigo Czepack e Pedro Palazzo, todos já veteranos na área de comunicação e com passagem pelos principais veículos de comunicação de Goiás.
Mas mesmo toda essa milionária força-tarefa de profissionais de imprensa não tem sido suficiente para evitar os desgastes e a profunda crise de imagem em que o peemedebista (chamado de “Vilelinha” pelo Jornal Opção) mergulhou neste final de ano.
Primeiro, foi o voto a favor da emenda do abuso de autoridade, que gerou mais de 3 mil postagens indignadas no perfil do próprio Daniel Vilela no Facebook. Depois, o projeto da nova Lei Geral de Telecomunicações, que doa bilhões em patrimônio público para as teles, com nova avalanche de comentários negativos no Face. Somadas a isso, ainda há que considerar as constantes declarações do pai de Daniel, Maguito Vilela, desautorizando o filho ao defender uma pacificação entre o PMDB e o PSDB, com fortes e rasgados elogios à capacidade administrativa e ao tirocínio político do governador Marconi Perillo.
Com tudo isso, de uma vez, neste fim de ano, Daniel Vilela está enrascado. E sua bem remunerada assessoria de imprensa, com 3 jornalistas tarimbados, não está conseguindo superar os transtornos e a decadência de uma imagem que, para um pré-candidato a governador, deveria ser melhor cuidada. Ao contrário, segue só piorando.