Em entrevista amargurada e cheia de lamentos a O Popular, neste sábado, o prefeito Paulo Garcia foi questionado sobre a sua baixa popularidade – que, segundo o Datafolha e o Ibope, ficou abaixo de 5%, garantindo a ele o título de prefeito de capital com pior avaliação.
“Eu veiculei pouca propaganda, por decisão pessoal. Talvez fosse menos desgastante, mas foi decisão pessoal”, disse ele, na tentativa de justificar a forte reação negativa dos goianienses à sua gestão.
Mas você, leitor do Goiás 24 Horas, sabe que as coisas não se passaram bem assim na Prefeitura de Goiânia, nos últimos anos. Poucos governantes, no país, dispuseram de um aparato de comunicação tão caro – e pago pelos cofres públicos – e com uma equipe tão volumosa também custeada pelo contribuinte – quanto Paulo Garcia. Mesmo assim, os resultados foram desastrosos, conforme mostram as pesquisas.
Até hoje, a Prefeitura dispõe de 5 agências de publicidade contratadas, uma delas, a Cantagalo, do marqueteiro Renato Monteiro, com verba anual de R$ 10 milhões. Isso mesmo: R$ 10 milhões, por ano.Na média, foram queimados entre R$ 40 a 50 milhões por ano.. Dá para estimar que, nos seus quase 7 anos de mandato, Paulo Garcia torrou mais de R$ 200 milhões com divulgação e promoção publicitária.
Mais: Paulo Garcia nomeou um secretário de Comunicação, o radialista Edmilson Santos, exaltado no portal da Prefeitura como dono de “uma vasta experiência em comunicação”. A Secom municipal tem orçamento milionário, dezenas de comunicólogos e funcionários, mas, mesmo contando com a cobertura das 5 agências de propaganda, não conseguiu tirar o Paço Municipal da sua permanente agenda negativa.
Que gastou – e muito – com propaganda, Paulo Garcia gastou. Mas a sua incompetência administrativa foi muito maior.