O começo de governo do prefeito Iris Rezende (PMDB) é decepcionante. Por ter mais de 50 anos de vida pública e um histórico de gestões resolutivas, Iris criou em todos uma expectativa grande, já que Goiânia estava um caos nas mãos do petista Paulo Garcia.
Na campanha, Iris encorporou com força total seu discurso de que resolve tudo numa simples canetada. Dizia sem nenhum pudor que, com ele no poder, “as coisas de repente começam a acontecer”. Claro que é apenas um início de governo, mas está claro que Iris não tem o pique de antes e os mecanismos de gestão talvez não sejam mais aqueles que o velho cacique estava acostumado.
Juntam-se a isso a péssima escolha do secretariado e problemas crônicas da cidade, como trânsito, coleta de lixo e outros. Na educação falta pessoal e não há vagas nos Cmeis para a alta demanda de crianças.
Para justificar o atraso no pagamento do salário de janeiro, Iris disse que a prefeitura tem dívida a curto prazo de R$ 610 milhões e um déficit mensal de R$ 30 milhões.
A tendência é que Iris coloque ordem na casa nos próximos meses. Porém, é notório que os problemas graves no trânsito, saúde e educação não serão resolvidos de uma hora para outra, como o peemedebista prometeu. Iris ainda enfrenta uma novidade neste governo: a forte cobrança nas redes sociais. Quando deixou a prefeitura da Capital em 2010, Twitter, Facebook e Instagram não tinham a força que possuem hoje.
Os tempos são outros.