Em áudio postado num grupo de WhatsApp formado por médicos credenciados pela prefeitura de Goiânia, o presidente do Sindicato dos Médicos da Capital (Simego), Rafael Martinez, acusa o prefeito Iris Rezende (PMDB) e a secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, de criar um novo vínculo de trabalho com a categoria, que ele chamou de “atende aí sem contrato”. Ou seja: de graça.
A prefeitura tem aproximadamente 500 médicos espalhados nos diversos serviços de atendimento da rede básica, como o Programa de Saúde da Família (PSF), Cais e Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). O contrato de 180 profissionais deste grupo expirou em janeiro ou expirará em fevereiro, mas por decisão de Iris eles não serão renovados. A informação é do próprio Rafael Martinez.
Mas a prefeitura, com medo do desgaste que o colapso na rede pública pode causar à imagem de Iris, pediu aos médicos que trabalhassem sem contrato. Muitos trabalharam neste fim de semana. O Simego quer o pagamento imediato destes servidores, sob ameaça de protocolar ação de improbidade administrativa contra o peemedebista.
Ouça o áudio que Martinez enviou aos colegas médicos na última sexta-feira: