Médicos ligados aos serviços de urgência da prefeitura de Goiânia reuniram-se na sexta-feira e decidiram boicotar o edital de chamamento para profissionais que, se assinarem novos contratos com a prefeitura, poderão ser remanejados entre os postos de Saúde da Capital à revelia da formação ou da vontade deles.
Isso quer dizer que um médico socorrista do Samu agora poderá, por exemplo, ser remanejado pela Secretaria de Saúde para um Cais a qualquer momento se a prefeitura quiser, mesmo que a especialidade dele seja o atendimento de emergência. E vice-versa.
Fontes ligadas ao movimento explicam ao blog que esta situação é inédita na Capital. Até então, cada médico é lotado na área que escolhe quando firma o contrato de prestação de serviço com a prefeitura.
Este é um dos pontos de discordância dos médicos com o novo edital, publicado na última quinta-feira. O outro diz respeito ao resgate de direitos trabalhistas ignorados pela prefeitura há pelo menos dez anos.
Este edital também cancelou contratos vigentes de cerca de 480 médicos. Ou seja, desde quinta-feira a rede municipal está operando com grave desfalque.